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Campeões paralímpicos buscam vaga para a Olimpíada de Paris

Na natação, o Brasil tem 37 vagas para serem preenchidas

Foto: CPB | Divulgação
O mineiro Gabriel Araújo

Campeões paralímpicos dos Jogos de Tóquio 2020, o mineiro Gabriel Araújo e a pernambucana Carol Santiago estão entre os atletas que buscarão sua qualificação aos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 a partir desta quinta-feira, 2, primeiro dia do Open Internacional de natação paralímpica.

A competição, considerada a primeira Seletiva da modalidade para o megaevento na capital francesa, reunirá 80 nadadores de clubes de oito estados (AL, ES, MG, PR, RJ, RS, SC e SP) no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, até sábado, 4.

Na natação, o Brasil tem 37 vagas para serem preenchidas e que são para os Jogos Paralímpicos, sendo 21 masculinas e 16 femininas. A definição dos representantes brasileiros terá como base os critérios de entrada estipulados pelo CPB, listados neste documento. As finais, que acontecerão a partir das 17h nos três dias, serão transmitidas pelo canal do YouTube do CPB.

A disputa pelas vagas acontecerá em dois eventos. Além do Open, os atletas poderão buscar o Índice A definido pelo CPB para qualificação aos Jogos na Primeira Etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa de natação, marcada para ocorrer de 16 a 18 de maio, também no CT.

Para Gabrielzinho e Carol, no entanto, é importante assegurar os resultados necessários já nesta semana de Open. “Acredito que será esta a competição em que todos virão mais fortes. Assim é possível chegar na próxima Seletiva mais tranquilo e fazer os últimos ajustes até Paris”, afirmou o nadador da classe S2 (comprometimento físico-motoor) e que tem focomelia, doença que ocasiona má-formação em braços e pernas.

"Este é um dos momentos mais esperados desde que a gente saiu de Tóquio. Foram três anos se preparando para estar em Paris e, para isso, é preciso passar pela Seletiva e chegar à Seleção. Estou muito animada para conquistar excelentes resultados, superar o índice e chegar ainda mais perto dos Jogos”, afirmou Carol, da classe S12, que nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo visual.

Além deles, outros três campeões paralímpicos de Tóquio 2020 estão inscritos para o Open: o paulista Gabriel Bandeira (S14, deficiência intelectual); o catarinense Talisson Glock (S6, limitação físico-motora); e o brasiliense Wendell Belarmino (S11, deficiência visual). Na edição japonesa dos Jogos Paralímpicos, a Seleção Brasileira de natação ficou na oitava posição, com 23 medalhas no total – oito ouros, cinco pratas e dez de bronze.

Campeões mundiais como o paulista Samuel Oliveira (S5, limitação físico-motora), a potiguar Cecília Araújo (S8, limitação físico-motora), a fluminense Mariana Gesteira (S9, limitação físico-motora) e o carioca Douglas Matera (S12, deficiência visual) também estarão nas raias da piscina do CT Paralímpico. 

Nas últimas missões internacionais em que a Seleção Brasileira esteve presente – Mundiais da Ilha da Madeira, Portugal, 2022, e de Manchester, Inglaterra, 2023, além do Parapan de Santiago, 2023 -, os brasileiros alcançaram o top-5.

Em águas portuguesas, o Brasil registrou sua melhor campanha em um Mundial, quando ficou na terceira posição, com 53 medalhas, sendo 19 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze.

Já em Manchester, os brasileiros ocuparam a quarta colocação, com 46 pódios (16 ouros, 11 pratas e 19 bronzes). Nos Jogos Parapan-Americanos, o país liderou o quadro de medalhas da modalidade, ao conquistar 120 medalhas – 67 ouros, 30 pratas e 23 bronzes.